Inauguração Sala Especial Desembargador Amílcar de Castro
|
|
Espaço abriga biblioteca, fotografias e originais do ex-presidente
A biblioteca particular do ex-presidente do Tribunal de justiça de Minas Gerais, desembargador Amílcar de Castro, ganhou uma Sala Especial no Palácio da Justiça, sede do Poder Judiciário do Estado, na Avenida Afonso Pena, 1.420. A sala foi inaugurada no dia 20 de agosto, pelo presidente do TJ, desembargador Gudesteu Biber. A solenidade contou com a presença de familiares do ex-presidente, magistrados, professores, advogados, servidores, dentre outras autoridades.
Segundo o orador oficial da cerimônia, professor Ricardo Arnaldo Malheiros Fiuza, ex-aluno de Amílcar de Castro e chefe de Gabinete da Presidência do TJ, a inauguração da sala "coroa o trabalho que teve, de um lado, a benemérita Fundação 18 de Março (Fundamar)", detentora dos direitos autorias da obra do saudoso jurista. Por outro lado, destaca-se o empenho dos presidentes do TJ "em receber o precioso acervo e destinar um espaço nobre para abrigá-lo", na ante-sala do Salão Nobre do Palácio.
O professor Ricardo Fiuza parabenizou os ex-presidentes Vaz de Melo, Costa Loures, Monteiro de Barros, Paulo Tinôco, Lúcio Urbano, Sérgio Lellis Santiago e o atual presidente Gudesteu Biber pela realização. Lembrou que Amílcar de Castro, um dos maiores juristas do Brasil de todos os tempos, "chegava a ter uma certa aversão por homenagens e pela publicidade em torno de seu nome". "Mas o nome do juiz Amílcar e do mestre Amílcar transpunha fronteiras sem que ele próprio o quisesse e promovesse", acrescentou.
"Suas aulas de Direito Internacional Privado", disse Fiuza, "funcionavam com um autêntico curso de pós-graduação". Para ele, o livro de Direito Internacional Privado "tem o mesmo mérito de suas aulas", pois o autor coloca "cada palavra no lugar exato e na significação precisa", disse.
O desembargador Amílcar de Castro, natural de Barbacena, foi professor emérito da UFMG – referência nas áreas de Direito Internacional Privado e Direito Processual Civil. Deixou cinco livros publicados: "Das Execuções de Sentença no Estado de Minas Gerais", "Das Execuções de Sentenças Estrangeiras no Brasil", "Comentários ao Código de Processo Civil de 1939", "Direito Internacional Privado" e Comentários ao Código de Processo Civil de 1973".
Segundo o ex-presidente e fundador da Fundamar, Túlio Vieira da Costa, "o público interessado terá sempre" as obras do autor graças às novas edições que a Fundação tem providenciado. Frisou que a Sala do Palácio da Justiça abriga também uma obra-prima, a escultura do filho do magistrado, o artista plástico Amilcar de Castro, "A verdade bela e justa", também cedida pela Fundamar ao Tribunal.
Além do acervo da biblioteca particular de Amílcar de Castro, a Sala Especial abriga fotografias históricas e originais do saudoso mestre.
Estiveram também presentes na inauguração o 1º vice-presidente do TJ, desembargador José Guido de Andrade, o 2º vice-presidente, desembargador Corrêa de Marins, o senador Arlindo Porto, o atual presidente da Fundamar, Stanley Frasão, o diretor da Imprensa Oficial, José Maria Couto Moreira, o presidente do Instituto dos Advogados de Minas Gerais, Fernando Andrade Ribeiro de Oliveira, a assessora jurídica Lílian Santos Rodrigues, representando o corregedor Murilo Pereira, dentre outros. Fonte: Jornal Minas Gerais.
|
|